segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"Mãe, eu dei sete paz de Cristo! E a senhora?"

Ouvi esta frase ontem de uma criança que estava sentada à minha frente com sua mãe na Santa Missa.

Isto me recordou a passagem do livro de Romanos: “Sejam carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima.” (Rm 12,10). Sabes o que significa isto? Que devo procurar ser o primeiro a amar!

No mundo de hoje vivemos cercados, e por que não dizer comprimidos, pela rivalidade. As pessoas buscam ser as primeiras no campo da moda, do poder aquisitivo, das redes de influência, dos ciclos de vantagens. Alegram-se em ostentar aquilo que possuem a mais do que o seu próximo, em poderem se considerar únicos, unicidade esta que muitas vezes termina em solidão, depressão e esquecimento...

Mas, embora não raras vezes nos deparemos com estes casos, inclusive comentados pela mídia, insistimos eu dizer: eu tenho tal coisa e você nem tem! Não posso nem dizer que isto é uma atitude infantil, pois a criança a que me referi há pouco teve uma atitude bem diferente. Direi então que é coisa de quem não abriu seu coração para Deus entrar.

Vem-me à lembrança também o texto dos Atos dos Apóstolos, quando diz, acerca dos primeiros cristãos: “Em todos eles era grande a graça. Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas, e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.” (At 4,33-35)

Como temos a aprender com eles!

Mas para não parecer um exemplo tão distante, aprendamos com aquela menininha que nem mesmo sei o nome. Busquemos ser os primeiros a dar a paz...

“Em toda casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz a esta casa!” (Lc 10,5)

Os primeiros a amar...

“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus.” (1Jo 4,7)

Os primeiros a fazer o bem...

“Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens.” (Rm 12,17)

Não fiquemos esperando que o outro nos ame. Amemos!

“Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.” (Mt 5,23-24)

E caso ainda insista dentro de ti a pergunta de quantas vezes devemos dar esta paz, deixo a resposta a cargo de São Mateus: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Mt 18,22). Por certo aquela menininha não se importará em multiplicar por 10 aquele ato tão singelo. E você?

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